ÁRVORE DA PREGUIÇA
- Sérgio Sousa
- 22 de jun. de 2023
- 1 min de leitura
Vários autores gostam de descrever cenas e ambientar seus leitores. Talvez seja o caso...abraços!!!

Ficaram marcas imperceptíveis que afloram, ao menor descuido,
O intuito era esquecê-las, removê-las com um sopro ou pontapé,
A fé não foi suficiente, bem à minha frente, rouba a cena e posa,
Dengosa como uma criança travessa, avessa a se ver presa, só.
Viaja com certa frequência, dolorosa insistência, continuar longe
E admirando silencioso, precioso gosto que adoça a boca, sopra
Quando um lamento explode e pode determinar os novos rumos
Esboçados nestas palavras a esmo, mais do mesmo, saudades.
Ainda vejo o corpo despojado da primeira foto lambendo o rosto,
O posto de admirável talhado na Árvore da Preguiça, pelo Ceará
E onde quer que pise, mesmo que não avise, será notada, dada
Como o maior acontecimento, tento manter certa imparcialidade.
Espero em algum bar que mande uma mensagem, venha, tenha
Lembranças de algo similar, tão familiar que queira reviver, obter
Como algo perdido, permitido em suas licenças poéticas, pernas
Atléticas que acabam saltando aos olhos, apressando os passos.
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