UM CANTINHO NO MUNDO

Dá vontade de acelerar quando faltam apenas alguns metros para o fim da corrida, para ganhar um abraço, tal sensação retrata o que sinto ao se aproximar o desfecho de Todos os Amores 6. Eis a 91.a poesia:

Nem sempre as coisas dão certo e alguém oferece ajuda,

Tudo muda em segundos e precisamos responder rápido,

Que ninguém se dê por vencido sem esgotar suas forças

E dar o seu melhor, nada pior do que abandonar o barco.

O esforço tranquiliza a consciência, paciência, é devagar

Que se vai mais longe, diria um monge do Tibete, qual é,

Indagaria o cara da quebrada, nossa cruzada é indigesta

Até para os mais acostumados com situações complexas.

Bom mesmo é chegar em casa e ir aos braços da amada,

Fazer da terra arrasada um lindo oásis, se fartar de amor,

Encontrar valor nas coisas mais simples e tão essenciais

Para a subsistência, com a conveniência de ser bem aqui.

Acabamos renovados, extasiados por cuidados, carinhos

E mimos, rimos feito crianças levadas e despreocupadas,

O mundo é tão perfeito aqui dentro que não entendemos

A razão de existir muito mais que estas janelas e quintais.