PAIXÕES E ANZÓIS
- Sérgio Sousa
- 15 de set. de 2021
- 1 min de leitura
Metade da minha participação no livro Todos os Mares está concluída. Agora é correr para ser finalizado e publicado ainda este ano. Será que dá?

Olhei nos seus olhos e o mar ficou pequeno, aceno breve
Cheio de excitação, ondas neurais irrigam o bobo coração
A se comportar como um senhor, apesar do fervor menino.
Seu corpo é ilha e pedaço de areia, passeia o pensamento
Nesse pedaço de chão, pão para quem tem fome, o nome,
Para quem só tinha a imagem, a coragem para o mergulho.
Tudo acaba molhado, aconchegado como criança no ventre
E delicadamente acolhida, envolvida pela camada de afetos
E de dialetos que só o cordão umbilical poderia nos explicar.
O amor parece líquido, fatídico aos que fugiam das paixões,
Um banho de emoções que atordoam, doam possibilidades
Ao que se notabilizara como repositório de águas tranquilas.
Um chacoalhão e tudo vira do avesso, os amantes travessos
Criam seus redemoinhos e se derramam em carinhos ávidos
Por riscos e ariscos como os peixes que escapam dos anzóis.
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