OLHARES E PRETEXTOS
- Sérgio Sousa
- 28 de set. de 2021
- 1 min de leitura
Existe uma urgência agoniante que asfixia poetas que desejam concluir uma obra. Para que o sintoma não seja agravado, segue mais uma do meu próximo livro em parceria com a psicóloga e mergulhadora Deise de Simoni: Todos os Mares. Bora dar um mergulho nele?

Amo a personalidade forte que não teme ser protagonista,
Que cai na pista e não se importa com opiniões contrárias
Pelo simples prazer de criticar, sabe encarar as limitações
E as frustrações como degraus do aprendizado, como vida.
Entre fracassos e redenções, colhe também vitórias, frutos
De tantas sementes plantadas ao longo do tempo, sua luta
Não se resume a uma batalha, uma falha ou vários acertos,
É uma conquista diária onde o imponderável e o erro estão.
Apesar de tudo, é nas horas de folga que reside a perdição,
O olhar sem direção não lê o coração das pessoas, desejos
Se acumulam e simulam uma aparente calma desesperada,
Nada que cerveja gelada e doses de coragem não resolvam.
Se a boa forma se traduz no derretimento em elogios e brios
Exaltados, entre tantos maravilhados, eis meu canto na areia
Reservado para desprezar o sol e o mar, desfolhar literaturas
Como pretexto para alongar o pescoço, olhar tudo que perco.
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