ATÉ ONDE OS OLHOS ALCANÇAM
- Sérgio Sousa
- 19 de ago. de 2021
- 1 min de leitura
Tem procura que parece não ter fim e, mesmo assim, ela um dia acaba. Pode ser mágica, milagre, destino, pode ser um simples olhar de menino em todo este turbilhão, qualquer coisa, fazendo sentido ou não, o importante é que aconteça. Reta final de TDA 5.

O que ela escreve pode ser pouco, insuficiente a seus olhos,
Não que os olhos já saibam tudo o que viveremos, podemos
Enxergar longe, mas, é melhor o que temos por perto, aberto
Como nossos braços, como seus traços que aprendi a pintar.
Nunca saberá de todo bem que me fez, a nudez que mostrou
Abrindo o coração e fazendo versos dispersos pelas paredes,
Pouco importa se gostam, se empostam suas vozes, criticam
Com veemência o nosso estilo, tudo tranqüilo, somos felizes.
O ar parece impregnado com seu perfume, o vagalume pisca
E risca com luz o breu, percebeu a sua falta, peralta ou séria,
Artéria e oxigênio, gênio da lâmpada, coelho da cartola, viola,
Canção, junção de afinidades, de particularidades singulares.
Nada faz sentido quando tudo se encaixa feito mágica lúdica,
A única explicação é que descobrimos um segredo, seu dedo
Merece um anel e o céu, amo cada detalhe, talvez embaralhe
A visão, se marejar, é só navegar na emoção, selar com beijo.
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