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AINDA QUERO SER CLICHÊ

  • Foto do escritor: Sérgio Sousa
    Sérgio Sousa
  • 29 de set. de 2021
  • 1 min de leitura

Mais um pedacinho de Todos os Amores 6 para quem está torcendo para que ele seja finalizado brevemente.


Abro meus braços quando ela chega, manteiga no pão,

Coração em festa, testa franzida, a felicidade traduzida

Na boca esticada, na pele perfumada, as flores na mão.

Pode ser clichê, guichê aberto às reclamações, versões

Que nem todos gostam ou postam, como as maravilhas

Do amor fabricado para audiências ou amigos próximos.

Paradoxos do homem virtual, loucura geral remunerada

Pelos anunciantes, apelos insinuantes de marqueteiros,

Treteiros que chamam a atenção sem qualquer esforço.

Torço para que seja apenas uma fase, que vaze da rede

O excesso de futilidades e inutilidades para dar e vender

Aos ávidos aspirantes a celebridades e suas divagações.

Subtrações de cérebros sugerem o sucesso como mérito

Da esperteza frente ao estudo, o sortudo enxerga lógica

E vende curso como recurso para quem deseja aparecer.

 
 
 

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